Instrumentos de percussão coloridos no chão enquanto algumas parte das pernas de algumas pessoas estão paradas ao lado dos instrumentos

“Vem, meu amor, me tirar da solidão

Vem, meu amor, me tirar da solidão

Vem para o Olodum, vem dançar no Pelô…”

Pode dizer: você leu esse trechinho cantando, né? Realmente, Vem Meu Amor é uma das muitas canções que circularam por praticamente todos os lares brasileiros algum tempo atrás. Quem nunca ouviu o refrão “Eu falei Faraó… Ê, Faraó…” em um almoço de domingo? Pois é, entre os anos 1980 e 2000, o som do Olodum estava em todo canto.

Mais do que uma memória afetiva para muita gente, o grupo é também o responsável por mudar a música brasileira da água para o vinho. Ou melhor, para o dendê. Nascido no coração da Bahia, o Olodum chegou a todas as partes do mundo e continua marcando gerações até hoje.

Por isso, nosso conteúdo de hoje é uma homenagem especial – e também o fim das suas dúvidas sobre Olodum –. Aqui, vamos te explicar como o grupo nasceu e mostrar um pouquinho dessa trajetória de resistência, arte e luta construída ao som dos tambores.

Vem para o Olodum com a gente!

O que é Olodum?


Olodum surgiu como um grupo de percussão – ou melhor, uma escola de tambores – que começou a fazer música afro-brasileira pelas ladeiras de
Salvador em 1979. Mas ele também sempre foi muito mais do que isso.

A musicalidade única da escola, originada da mistura de ritmos diversos, se tornou um elemento de união que fortaleceu a luta por igualdade racial na capital baiana. Depois, essa influência se espalhou pelo Brasil e tomou o cenário internacional, crescendo tanto que o Olodum ganhou da ONU (Organização das Nações Unidas) o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia.

E não é surpresa que o grupo tenha encantado milhões de pessoas sem encontrar barreiras de idioma, etnia ou país. Faz o seguinte: abre aí seu player de música ou de vídeos preferido e pesquisa pela canção Madagascar Olodum. Você com certeza vai entender do que estamos falando.

A cadência contagiante dos tambores acompanha o manifesto de resistência da letra:

“É Pelourinho, Pelourinho

Palco da vida e das negras verdades

Protestos, manifestações

Faz Olodum contra o Aphartheid

[...]

Evocando igualdade, liberdade a reinar”

Fantástico, né? Pois bem, além de carregar mensagens importantíssimas em suas melodias, o Olodum também promove várias iniciativas de inclusão social e valorização da cultura afro-brasileira. Atualmente considerado um grupo cultural, ele tem como sede a Casa do Olodum (em Salvador, lógico).

O que significa a palavra Olodum?


O-lo-dum: pense numa palavra gostosa de se falar! Apesar de se encaixar perfeitamente nas músicas, esse nome ao mesmo tempo harmonioso e forte vem de um nome bem mais antigo.

Afinal, “Olodum” é uma parte da palavra “Olodumaré”, que nomeia uma grande entidade louvada na cultura iorubá da Nigéria e do Benin. Adorado também nas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, Olodumaré é a divindade máxima, o deus criador que deu origem aos orixás, ao mundo e a todas as outras coisas.

Sabendo disso, o nome do Olodum parece mais especial ainda, né?

Qual a origem do Olodum e como ele foi fundado?


“Vejam o bloco Olodum ao passar na avenida

Todos cantando felizes de bem com a vida

Caminhando lado a lado…”

Mesmo quem nunca pisou em Salvador já ouviu falar no Pelourinho, bairro que é um dos principais pontos turísticos da Bahia.

Só que muito antes de receber esse destaque todo e virar cartão-postal, o querido Pelô e suas imediações formavam uma área muito desvalorizada da capital baiana. Habitado principalmente por grupos socialmente desfavorecidos e por comunidades negras, o bairro era alvo de preconceitos frequentes.

E essa triste realidade de exclusão se refletia em tudo, até nas oportunidades de lazer. Até a década de 1970, os grandes blocos do Carnaval de rua em Salvador eram organizados e compostos principalmente por pessoas brancas, deixando de fora boa parte da população soteropolitana.

Mas é claro que não ficou por isso: sem espaço nas celebrações que recebiam os holofotes, os negros garantiam seu próprio Carnaval criando blocos que eram, ao mesmo tempo, alianças de luta contra o racismo. Foi nesse contexto de folia e resistência que surgiram o Ilê Aiyê, em 1974, e o Malê Debalê, em 1979 – mesmo ano em que nasceu o Olodum –.

Na época, Carlos Alberto Conceição e Geraldo Miranda queriam organizar uma brincadeira carnavalesca divertida para os moradores da região de Pelourinho-Maciel. Era a primeira faísca do Olodum. Só que o sucesso foi tanto que o bloco foi muito além do Carnaval daquele ano e dos outros anos.

O Olodum foi crescendo cada vez mais, ganhando reconhecimento de artistas famosos e de organizações sociais de grande porte. E está aí até hoje, carregando a ancestralidade africana nas melodias, na história das letras, no trabalho de inclusão social e em todo o legado que criou.

Quais os ritmos musicais tocados pelo Olodum?

Instrumentos de percussão coloridos e de diversos tamanhos empilados


Embora os tambores do Olodum passem por vários gêneros musicais, o mais importante de todos é, com certeza, o samba-reggae.

Dá até para dizer que esse ritmo único nasceu justamente do Olodum, já que foi criado por Mestre Jackson e Neguinho do Samba, dois dos responsáveis pela fundação da escola de tambores. Você já deve ter imaginado pelo nome, e é isso mesmo que você pensou: o samba-reggae junta elementos do samba de roda brasileiro e do reggae jamaicano, incluindo também umas pitadas de funk e influências de outros ritmos latino-americanos.

Uma mistura maravilhosa dessas é realmente a cara da Bahia, não é não?

Qual a relação entre Olodum e Carnaval de Salvador?


Carnaval e Olodum são
feito acarajé e vatapá, da gastronomia baiana: não dá para falar de um sem mencionar o outro!

Afinal, como explicamos, o Olodum nasceu durante o Carnaval e por causa dele. Era uma iniciativa para garantir que a galera do Pelô pudesse celebrar a Festa de Momo se orgulhando das próprias origens e exaltando as inúmeras contribuições preciosas das populações afro-brasileiras para a cultura baiana.

Hoje em dia, se você for curtir uma festa de Carnaval em Salvador, verá que ela é bem democrática e inclusiva. E isso só é possível por causa da longa história de batalha contra os preconceitos, causa que foi amplificada a nível internacional por causa do Olodum.

De certa forma, dá para dizer que o grupo contribuiu para a existência do Carnaval de Salvador da forma como o conhecemos hoje. A gente não tem nem como expressar o tamanho da nossa gratidão!

O Olodum faz parte de outros projetos sociais?


Desde sua criação, o Olodum tem uma atuação que vai bem além da música: ele é um projeto cultural feito para transformar as comunidades de Salvador.

Já em 1983, poucos anos depois da criação do bloco, os fundadores inauguraram o Projeto Rufar dos Tambores, pensado para ensinar música às crianças moradoras do Maciel-Pelourinho. Ele funciona até hoje, apesar de ter mudado de nome: atualmente, se chama Escola Olodum e se tornou referência internacional em educação artística.

O Grupo Cultural Olodum, além de oferecer aulas de percussão para crianças e adolescentes, ensina também dança, produção cultural, canto e teatro. Ele inclusive deu origem a um coletivo de artes cênicas bem grande, o Bando do Teatro Olodum, que já contou com a presença de Lázaro Ramos.

Curiosidades sobre o Olodum 


Você com certeza já viu alguma foto do Olodum se apresentando e carregando por aí seu característico símbolo com as cores oficiais do grupo: verde, dourado, preto e vermelho.

É possível que você também se lembre de ter visto essa mesma paleta em movimentos relacionados ao reggae, e é isso aí mesmo. As cores do Olodum também aparecem na simbologia do Rastafarianismo e do Pan-Africanismo, e têm significados bem importantes. O amarelo representa o ouro africano, o vermelho representa o sangue e a luta, o verde é uma referência às florestas equatoriais da África e o preto remete ao orgulho dos povos negros.

Aliás, talvez o símbolo do Olodum te lembre algum videoclipe famoso, não é mesmo? Pois é, o grupo cultural marcou presença ao lado de Michael Jackson na melodia e nas gravações do clipe de They Don’t Care About Us, em 1996. E essa é só uma das parcerias de sucesso registradas na discografia da escola de tambores: a grande lista de nomes que trabalharam junto com o Olodum inclui Paul Simon, Jimmy Cliff, Caetano Veloso, Petshop Boys e vários outros.

Mas Michael não foi o primeiro a incluir o Olodum em um videoclipe de alcance mundial. Na verdade, dá para dizer que a primeira vez em que o Olodum explodiu no cenário internacional foi por causa do vídeo de The Obvious Child, de Paul Simon, que foi aclamado em mais de 100 países em 1990.

Na Costa do Sauípe você também vive um pouco da Bahia de verdade!


Eita, como é massa ver a Bahia ganhando o mundo! O Olodum foi realmente um marco sem igual na história de Salvador e na cultura brasileira.

Não tem como não se arrepiar com o som dos tambores. E acredite: é mais impressionante ainda quando você vê o Olodum se apresentando pessoalmente. É daquelas músicas que chega parecem vibrar na alma, sabe? E essa é só uma das experiências inesquecíveis que a Bahia tem a oferecer.

Que tal conhecer a Bahia de verdade, terra dos tambores, do dendê, de praias apaixonantes e da música mais poderosa do mundo? No Costa do Sauípe, você mergulha nas maravilhas paradisíacas do litoral baiano e ainda experimenta de pertinho a riqueza cultural desse lugar fantástico. A playlist perfeita para as férias, você já sabe!

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