Projeto Tamar completa 20 anos e contabiliza 500 mil filhotes devolvidos ao mar em Sauípe

Mata de São João, setembro de 2020 - No dia 03 de setembro é comemorado o Dia do Biólogo, profissional importante e sempre presente nas praias da Costa do Sauípe onde, desde o ano 2000, há uma base do Projeto Tamar. E, desde o início da parceria entre o resort e o projeto, quase 9 mil desovas foram protegidas e mais de 500 mil filhotes foram devolvidos ao mar das espécies cabeçuda (Caretta caretta), oliva (Lepidochelys olivacea), de pente (Eretmochelys imbricata) e verde (Chelonia mydas).

“Quando fizemos a aquisição do complexo, renovamos o nosso compromisso com o Tamar para que todas as melhorias não impactassem na desova das tartarugas marinhas. Além disso, poder contar com a presença dos biólogos do projeto é um grande presente aos nossos hóspedes, que durante o período de soltura podem vivenciar um grande aprendizado sobre a reprodução e ver de perto vários tipos de tartarugas marinhas. Sem dúvidas, uma experiência única”, afirma Flavio Monteiro, Diretor de Operação da Aviva. 

Na praia da Costa do Sauípe, os filhotes das tartarugas marinhas fazem a caminhada da areia ao mar durante a soltura e que podem ser acompanhadas bem de perto pelos turistas. “Normalmente, realizamos duas vezes na semana e também atendemos as crianças do Kids Club do resort em uma atividade lúdica onde contamos a história da tartaruga marinha”, conta Frederico Tognin do Tamar. No entanto, nesta próxima temporada, por conta do Covid-19, o monitoramento será reduzido e as atividade de aglomeração de pessoas não acontecerão.

Além disso, a Vila Nova da Praia tem uma loja para venda de produtos do Projeto Tamar e geração de renda. Todo recurso adquiro é revertido integralmente para as atividade de conservação de tartaruga marinha, gerando emprego e renda para a comunidade litorânea.

O projeto Tamar possui na base de Sauípe seis tartarugueiros, que junto com os pesquisadores identificam desovas, instalam estacas de marcação de ninhos e telas para tentar reduzir a predação de ovos por raposas e tatus. A equipe é também responsável por auxiliar e registrar as tartarugas encontradas nas praias nos 22 km de praias (Porto de Sauípe, Massarandupió e Subaúma), vivas ou mortas.

A sensibilização das pessoas para a importância da permanência das estacas de marcação dos ninhos nas praias também é um dos trabalhos do projeto Tamar, pois é assim que os pesquisadores conseguem monitorar os nascimentos e acompanhar essa fase do ciclo de vida desses animais ameaçados de extinção. A equipe ajuda ainda os visitantes e moradores a refletirem sobre a responsabilidade de cada um sobre o lixo e realiza atividades que estimulam o descarte e reaproveitamento adequados de materiais. Esta é outra das principais ameaças à vida das tartarugas e de todos os seres vivos, pois a poluição degrada o ambiente marinho como um todo e prejudica também o homem.