Autor
Costa do Sauípe
Equipe Costa do Sauípe
No Brasil, quase todo mundo conhece o famoso acarajé. Mas e no abará, você já ouviu falar?
Embora esses dois clássicos da culinária baiana compartilhem muitas características, cada um tem seu próprio charme delicioso. Presença indispensável em qualquer mesa tradicional da Bahia, o abará é um prato cheio de história, significado e – é claro – muito sabor. Não é à toa que ele sempre conquista todo mundo que tem a oportunidade de experimentar! E é por isso que o abará é o nosso astro de hoje.
Se você queria aprender mais sobre essa iguaria única, chegou ao lugar certo. Aqui, vamos te levar em um passeio pela origem do abará, a imensa importância que ele carrega e o modo de preparo dessa delícia regada a dendê. É só continuar a leitura para descobrir como fazer o autêntico abará baiano e levar um pouquinho da baianidade para a sua casa. E aí, bora?
O abará é um prato de origem afro-brasileira que ganhou raízes na tradição culinária da Bahia.
Ele é um bolinho feito à base de feijão amassado, azeite de dendê e camarão seco. A massa também leva cebola, sal, pimenta, gengibre e condimentos que variam de acordo com a mão de quem cozinha. O mais fascinante de tudo é o modo como o abará é cozido: fiel às suas origens, o adorado bolinho é enrolado em folhas de bananeira e colocado no vapor quente. O resultado é uma consistência macia que carrega uma explosão de sabor.
Além de aparecer ao lado de outros ícones gastronômicos nos tabuleiros das baianas do acarajé, o abará também tem uma importância sagrada. É isso mesmo: o saboroso quitute é uma comida de santo, o que significa que ele é oferecido aos orixás nos ritos do candomblé. No plano astral, os maiores fãs do abará são Obá, Iansã e Ibeji.
A origem do abará é bem parecida com a do acarajé.
Os dois pratos chegaram por aqui junto com os africanos que foram trazidos ao Brasil na época da colonização. Mas muito antes disso, o abará já fazia sucesso na sua terra natal, a região onde hoje fica a Nigéria. Por lá, ele recebe vários nomes: tabani, ale-le, olele e moin-moin são algumas das denominações mais comuns. Até hoje, o alimento é tão querido pelos nigerianos quanto por brasileiros.
É por isso que a culinária baiana é tão mágica. O abará, assim como vários outros pratos típicos, funciona como elo entre a cultura brasileira e sua ancestralidade poderosa. É incrível saber que uma receita tão antiga resistiu ao tempo e às dificuldades da história, né? Ainda bem que o abará veio para ficar!
Estava procurando aquela receita de abará baiano de dar água na boca?
Então pode separar o bloquinho de anotações, porque a gente também quer compartilhar com você a nossa versão preferida dessa delícia tradicional. Confira a lista de ingredientes e materiais necessários:
Como fazer o abará:
Nossa… deu até água na boca, né? Quando for preparar essa receita de abará, lembre dessa dica preciosa: na hora de envolver os bolinhos, aqueça levemente as folhas de bananeira no calor do fogo (sem queimá-las). Isso fará com que elas fiquem mais macias e fáceis de enrolar na massa.
Depois de pronto, o abará pode ser servido sozinho (ele já é uma delícia puro!) ou com alguns acompanhamentos clássicos. Nós vamos falar mais sobre eles daqui a pouco.
Assim como outros pratos tradicionais, o abará pode ganhar sabores um pouco diferentes dependendo do local onde você estiver.
Em geral, a base de feijão fradinho com azeite de dendê e cebola é uma constante. O que muda mesmo é o gosto de quem prepara: algumas pessoas preferem não usar o gengibre e o camarão seco na massa, por exemplo. Em alguns lugares da Bahia, os bolinhos também podem levar ingredientes como amendoim, castanha de caju, tomate, alho e até peixe. Todo clássico tem suas variações, né?
Os acompanhamentos do abará geralmente são os mesmos do acarajé: vatapá, caruru e vinagrete.
Mas como já mencionamos, o bolinho é tão saboroso que muita gente prefere apreciá-lo puro, só com um fio de azeite de dendê e um pouquinho de pimenta por cima. Além disso, o abará é maravilhoso para acompanhar moquecas e outros pratos com bastante molho. Se preferir, você também pode fazer um molho simples para servir como acompanhamento. Basta refogar camarões secos picados e descascados no azeite de dendê com cebola e pimenta. Fica uma delícia!
Aliás, caso você queira aprender a fazer um dos acompanhamentos clássicos do abará, não deixe de conferir nosso conteúdo sobre o caruru.
Até aqui, é possível que você esteja com uma dúvida na cabeça: será que tem diferença entre abará e acarajé?
Essa confusão é normal, já que os dois quitutes partem de uma base muito parecida: a massa de feijão fradinho. Mas o abará costuma receber mais ingredientes na mistura antes de ir pro fogo – os exemplos mais comuns são o gengibre e o camarão, que não aparecem na massa do acarajé –. Mas essa parte pode variar um pouco.
Na verdade, a grande diferença mesmo é o passo final do preparo. Enquanto o abará é enrolado em folhas de bananeira e cozido no vapor, o acarajé é frito em azeite de dendê fervente. Resumindo, apesar de serem consideradas “irmãs”, essas duas iguarias não são a mesma coisa!
Abará, acarajé, caruru, vatapá… opa, a barriga já roncou aí?
A gente entende. É realmente difícil resistir a uma riqueza de sabores tão espetacular! Não é à toa que a comida baiana carrega uma fama tão antiga: quem prova as delícias da Terra do Dendê nunca mais se esquece. Agora que você sabe exatamente como fazer o abará baiano, já tem tudo para montar uma mesa linda e cheia de temperos maravilhosos. Mas uma coisa é certa: nada se compara à experiência de provar o abará e o acarajé na própria Bahia.
E olha que a comida apaixonante é só uma parte do que a Bahia de verdade tem a oferecer. Para descobrir esse e muitos outros encantos da baianidade, vem pro Costa do Sauípe! Aqui, sua família se hospeda nas praias mais incríveis do Brasil com uma infraestrutura completa de resort e imersão na cultura baiana. Que tal curtir as próximas férias de um jeito delicioso?
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