E esse som vem lá do Pelourinho

Tão envolvente, segue o seu caminho

Quando toca envolve a multidão

E o Olodum é a banda do povão

É samba, é reggae, é alegria e símbolo cultural: nada se compara à mistura contagiante do samba-reggae.

O ritmo cheio de suingue que ganhou o mundo pelos tambores do famoso grupo Olodum sempre marca presença no Carnaval da Bahia. Mas a musicalidade vibrante do samba-reggae faz sucesso durante o ano todo, viu? Autenticamente baiano, o gênero musical carrega uma história rica e cheia de ancestralidade que aparece nas letras, na dança e no legado gigantesco que ele representa. Hoje, a gente te convida para mergulhar nesse repertório incrível que é pura baianidade.

Pode preparar a trilha sonora aí: os versos que abriram nosso passeio de hoje são da canção Samba-reggae, do Olodum. Aperta o play e bora lá, que é hora de saber mais sobre a origem do ritmo que envolve multidões quando toca. Vem com a gente descobrir a origem do samba-reggae, os instrumentos que garantem a identidade inconfundível do gênero e as músicas que estão eternizadas no imaginário dos brasileiros.

O que é Samba-reggae?

Tambor no chão com as baquetas repousadas sobre o tambor

O samba-reggae é um ritmo musical baiano que nasceu da mescla perfeita entre o samba e o reggae – como o próprio nome sugere –.

Além de herdar características marcantes desses dois “ingredientes” musicais, o samba-reggae adicionou à receita uma pitada de funk, de soul e de vários ritmos latinos. O resultado dessa combinação incrível é um balanço envolvente que mexe até mesmo com quem não gosta muito de dançar: com muita malemolência e animação, as músicas animadas do samba-reggae são um convite à alegria e ao movimento.

Por causa do ritmo acelerado e dançante das canções, o samba-reggae é frequentemente confundido com o axé, outro gênero icônico da cultura baiana. Embora tenham alguns traços em comum, as duas modalidades são bem diferentes. Juntas, elas formam a base musical do Carnaval da Bahia.

Saiba a história do Samba-reggae

O ano exato em que o samba-reggae surgiu ainda é tema de debate entre pesquisadores e apreciadores.

Mas todo mundo concorda que ele apareceu pela primeira vez entre os anos de 1970 e 1990, em Salvador. O ritmo foi fruto da criação genial de Antônio Luís, músico apelidado carinhosamente de “Neguinho do Samba” e pai do samba-reggae. Tudo começou durante os experimentos musicais de Antônio, que já tinha estrada como membro da bateria do Ilê Aiyê. Foi mais ou menos nessa época que ele participou da fundação do Olodum, um movimento revolucionário que lutava contra a discriminação e celebrava as culturas negras por meio dos batuques.

Seguindo a tendência do pan-africanismo cultural que se espalhava pelo mundo, o artista juntou vários ritmos de origem afrobrasileira e expandiu seu repertório para abraçar também as músicas afro do Caribe e da América Central. Foi assim que nasceu o samba-reggae, que até hoje é o principal gênero tocado pelo Olodum.

No ano 2000, Neguinho do Samba deu uma entrevista para a TV Bahia e compartilhou sua principal inspiração para a criação do ritmo: a dança das mulheres que participavam do Ilê Aiyê. Ele tentava reproduzir nos instrumentos a atmosfera hipnotizante do primeiro bloco afro do Brasil, o “mais belo dos belos”. Nas palavras do próprio mestre, “[...] aquilo ia me inspirando, a maneira como elas iam dançando, como mudavam os passos, e eu ia fazendo aquilo com o tambor".

Entenda a importância do Neguinho do Samba

Rua do Centro Histórico de Salvador, com os prédios coloniais coloridos em ambos os lados

Não é exagero dizer que Neguinho do Samba é uma verdadeira lenda da cultura brasileira.

Antônio Luís Alves de Souza nasceu em 1955, na região do Dique do Tororó, em Salvador. Era filho da lavadeira Nilza e do ogã (sacerdote do candomblé) Jacinto. Desde criancinha, Antônio já dava seus primeiros passos na paixão pela música: influenciado pelo pai, que tocava um instrumento de percussão chamado bongô, o pequeno usava as bacias de lavar roupas da mãe para criar melodias. Antônio batucava tanto que Nilza precisava reforçar o fundo dos recipientes com madeira.

Aos treze anos, Antônio marcava presença nos ensaios dos blocos e bandas carnavalescas que se apresentavam em Salvador. Em pouco tempo, passou a tocar na linha de frente de várias escolas de samba da cidade e se apaixonou pela missão artística e social do Ilê Aiyê. No icônico bloco afro, ele foi diretor de bateria por onze anos, até sair para fundar o também revolucionário Olodum. O apelido “Neguinho do Samba” surgiu mais ou menos nessa época, por sugestão de um amigo de Antônio.

No Olodum, Neguinho do Samba explorou livremente sua genialidade musical, sempre fiel às referências culturais afro, e transformou a batida do samba-reggae em um símbolo da Bahia. O ritmo tomou proporções tão imensas que rompeu barreiras geográficas e se espalhou por vários países, ganhando fama mundial. Já viu o clipe da música They Don’t Care About Us, de Michael Jackson? Pois é, Neguinho do Samba aparece no vídeo – que foi gravado no Pelourinho – junto com a bateria do Olodum.

Sempre engajado na luta contra as desigualdades, Antônio também fundou a Banda Didá, primeiro grupo de percussão exclusivamente feminino de Salvador. Adorado por seguidores, pupilos e familiares, ele foi pai de 7 filhos e de um legado de valor imensurável. Quando Neguinho do Samba faleceu, em 2009, a Secretaria de Cultura de Salvador decretou luto oficial por três dias. Todas as atividades culturais do Pelourinho foram pausadas e uma faixa preta foi estendida em homenagem a ele no coração do Centro Histórico de Salvador.

Desvende as suas características

O que faz o samba-reggae ser tão único é justamente sua personalidade musical diferenciada.

Como já mencionamos ali em cima, o samba-reggae é uma mistura fascinante nascida do grande caldeirão cultural soteropolitano. A base do gênero é uma junção entre a brasilidade vibrante do samba duro (filho do tradicional samba de roda do Recôncavo Baiano) e o groove do reggae jamaicano. Essas duas referências principais formam o “corpo” do ritmo inconfundível que é marca registrada do samba-reggae.

Além delas, o gênero também recebe influências de outros elementos brasileiros, como o funk carioca, de vários ritmos latinoamericanos, como a salsa e o merengue, e até do soul estadunidense.

Conheça os instrumentos do Samba-reggae

A gente nem precisa dizer qual categoria de instrumentos é protagonista nas músicas de samba-reggae, né?

Estamos falando da percussão, é lógico! Popularizado pelos batuques magníficos do Olodum, o samba-reggae é tocado principalmente em atabaques, agogôs, tambores e nos pandeiros herdados das escolas de samba. Por outro lado, outros instrumentos do samba clássico, como o cavaquinho, quase nunca aparecem no ritmo.

Em vez disso, as criações do samba-reggae costumam preferir as cordas de guitarras e violas elétricas. Além disso, é comum se deparar com músicas que usam elementos tradicionais em outros países latinos, como as maracas.

Samba-reggae: músicas que contagiam qualquer um

Instrumentos utilizados no axé e no samba reggae, espalhados pelo chão

Eu Falei faraó

Ê, Faraó-ó-ó…

Quem não reconhece a intro desse clássico da música brasileira? A faixa Faraó, do Olodum, foi popularizada na voz de Margareth Menezes durante os anos 1980 e continua sendo uma das músicas mais tocadas em festas carnavalescas. As canções da escola de tambores que transformou o Carnaval de Salvador são exemplares preciosos do repertório do samba-reggae. Muitas delas estão gravadas nas memórias afetivas da maioria dos brasileiros, como a icônica Vem Meu Amor:

Quando eu te vejo, paro logo em teu olhar

O meu desejo é que eu possa te beijar

Sentir seu corpo, me abrigar em seu calor

Pois o que eu quero é ganhar o seu amor

[...]

Vem, meu amor, me tirar da solidão

Vem, meu amor, me tirar da solidão

Vem para o Olodum, vem dançar no Pelô…

É até difícil não cantar junto, né?

Margareth Menezes, que interpretou várias canções famosas de samba-reggae, também fez uma versão muito conhecida de Dandalunda, composição de Carlinhos Brown. Essa é uma demonstração perfeita de como o samba-reggae celebra a ancestralidade africana e a religiosidade afrobrasileira:

Bem pertinho da entrada do gueto

Um terreiro de Angola e Keto

Mãe Maiamba que comanda o centro

Dona Oxum dançando, Oxóssi no tempo

Além desses grandes nomes, muitos outros artistas e grupos famosos já incorporaram o ritmo contagiante do samba-reggae às suas canções. É o exemplo das faixas Doralice, da Banda Eva, e Nobre Vagabundo, de Daniela Mercury. O gênero também aparece com frequência na discografia de bandas de axé music, como Ara Ketu, Timbalada e Banda Mel.

Dança: o Samba-reggae também é movimento

Não dá para ficar parado quando o samba-reggae toca!

Por isso, além de gênero musical, ele é também uma modalidade de dança capaz de animar qualquer rolê. Os movimentos enérgicos e alegres do samba-reggae são adorados em todo lugar, de shows e micaretas até reuniões de amigos, festas e competições de dança de salão. Praticada individualmente ou em casal, a dança do samba-reggae é cheia de gingado e passos animados que seguem o ritmo dos batuques. Uma das características dessa modalidade é a sincronia perfeita entre o posicionamento dos pés e os movimentos dos braços, que frequentemente são estendidos, balançados ao lado do corpo e cruzados em frente ao peito.

Curtir um Samba-reggae é muito bom, mas pode ficar ainda melhor se você estiver no Costa do Sauípe!

Palmeiras por entre o caminho que leva à praia em Costa do Sauípe

Jinga que jinga

Samba-reggae

Mexe, remexe

Samba-reggae

Baila que baila

Samba-reggae…

A gente sempre diz que a cultura da Bahia é tão poderosa que nem pode ser descrita por palavras. A magia do samba-reggae, por exemplo, só entende de verdade quem sente!

Se você quiser viver essa experiência pessoalmente, é só arrumar as malas: seja em Salvador ou em outras partes do imenso território baiano, não faltam oportunidades de conhecer o suingue do samba-reggae de pertinho. E olha que esse ritmo lindo e cheio de história é só um dos infinitos encantos da baianidade! Aliás, que tal aproveitar as músicas que acabamos de te apresentar e montar uma playlist incrível para as suas férias no Costa do Sauípe?

Aqui, você mergulha na riqueza da bagagem cultural baiana e ainda aproveita a natureza incrível do Litoral Norte. Vem relaxar com os pés na areia e todo o conforto de um resort all inclusive premiado! O Costa do Sauípe espera por você de braços abertos, ao som do samba-reggae.

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